Fala, meu, beleza? Eu sou o… Bem, conforme eu descreva meu life style espero que você possa me reconhecer. Sinto que você, vez ou outra, ou como eu, sempre, pratique esse life style, ou pelo menos conhece alguém que o pratique.
Não trabalho, não estudo (pra quê?), mas sempre “na atividade”, como dizem os manos da favela (salve aos manos que tão na correria!) – sou artista, e como bom artista, possuo paitrocinio! Aliás, até já quis trabalhar. Mas, no final de tudo, percebi que do trabalho queria apenas o salário.
Durante a semana vou dormir de manhã – passo a madrugada toda conversando no msn com outros iguais a mim, vendo vídeos no youtube (ou no xvideos, ou no redtube) – e acordo a tarde e, por uma questão de “praticidade”, não esquento o rango, pego o primeiro pacote de biscoito recheado que encontro no armário. Suco? O que tiver na geladeira eu bebo. Nada tem? Nada bebo, ou bebo água. Ah… Sem nada pra rangar? Fico sem rangar. Espero a minha coroa voltar do trabalho trazendo bisnaguinhas para eu comer com queijo e presunto. Enquanto isso, me alimento de internet: orkut, pornografia, msn (fico teclando, teclando, teclando, só paro para peidar na mão e cheirar: é o teste experimental que diz se posso peidar em público ou não), assistindo aos vídeos de funkeiras – surra de bunda. Tudo aquilo que passarei o resto do dia e da semana fazendo. Mas eu paro. Paro, de vez em quando, para cutucar a unha do dedão do pé. Ou para cutucar a orelha com uma caneta.
Nos finais de semana vou para rua com meus amigos, aqueles com os quais passei a semana toda conversando sobre o que faríamos no final de semana e prometendo mudar de vida na segunda.
Na rua, bebo feito condenado, durmo fora de casa, durmo na rua, ou na casa de alguém próximo, ou por efeito da bebida, por estar travado, na casa de alguém que nunca vi antes na vida – jogando xbox 360 e vomitando no banheiro.
Dizem que esse life style é de gente inútil. Não é verdade. Não sou inútil. Sou neutro. Quem sou eu? Vagabundo.
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